História Clínica
Paciente do sexo feminino, 42 anos, IMC 32,4, com febre (37,8º C) e tosse seca moderada na última semana, apresentou-se ao hospital. Não era fumante e não tinha um histórico de doenças prévias. O teste de RT-PCR para SARS Cov-2 foi positivo e ela foi encaminhada para um exame de Tomografia Computadorizada (TC) de Tórax.
Diagnóstico
As imagens de TC revelaram múltiplas opacidades em vidro fosco, com consolidação parcial, afetando múltiplos lobos em ambos os pulmões. A distribuição das lesões foi predominantemente subpleural, posterior e periférica, porém também foi observado envolvimento central bilateral. Achados adicionais como espessamento septal, espessamento pleural, espessamento da parede brônquica, broncograma aéreo e distorção brônquica também foram visualizados. Não havia sinais de adenopatia ou processos similares. A aorta e artérias pulmonares não foram observadas. Considerando todos os dados clínicos e epidemiológicos, os achados da TC foram consistentes com o diagnóstico de pneumonia por COVID-19.
Figura 1:
As imagens axiais (4 mm) mostram a distribuição desigual periférica e central das opacidades em vidro fosco, bilateralmente nos pulmões. Também se observa espessamento pleural (Fig. 1a, seta).
Comentários
A pneumonia por COVID-19 é uma doença infecciosa viral causada por um novo coronavírus (SARS-CoV-2). É altamente contagiosa, levando a um amplo envolvimento da população global e atualmente é uma pandemia declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O exame de TC de tórax é realizado para auxiliar no diagnóstico e avaliar complicações. Os principais achados da TC incluem o vidro fosco e / ou consolidações do espaço aéreo, com distribuição bilateral, periférica ou basal. O ruído da imagem geralmente é bem tolerado ao visualizar essas lesões irregulares nos pulmões. Portanto, a aquisição com uma dose de radiação mais baixa tem um grande potencial. Nesse caso, realizamos a TC com protocolo de baixa dose usando o SOMATOM go.Now. A redução da exposição é possibilitada por uma avançada tecnologia de filtro de estanho, que otimiza os espectros de raios X e melhora significativamente o contraste ar / tecido. A qualidade de imagem alcançada é considerada ótima para o diagnóstico. Esse protocolo também deve ser considerado para o acompanhamento. As imagens adquiridas podem ser reconstruídas no formato multiplanar (MPR) e na técnica de renderização de volume (VRT) para melhorar a visualização das lesões.
Figura 2:
Imagem MPR coronal (Fig. 2a, 3 mm) e imagem VRT (Fig. 2b) mostram as opacidades em vidro fosco múltiplas em todos os lobos de ambos os pulmões. Sinais de espessamento da parede brônquica (Fig. 2a, pontas das setas) e espessamento septal (Fig. 2a, seta) da fissura horizontal direita são claramente vistos.
Figura 3:
Imagem sagital MPR do pulmão direito (Fig. 3a, 2 mm) mostra broncograma aéreo (seta) e distorção brônquica (ponta de seta) no vidro fosco irregular com consolidação parcial no lobo superior. Imagem MPR sagital do pulmão esquerdo (Fig. 3b, 2 mm) mostra vários vacúolos dentro do vidro fosco irregular no lobo inferior (círculo).